Saturday, April 6, 2024

Pistola Metralhadora FBP m/1963

Quantidade: 5.000 (cinco mil).
Utilizador: Exercito Português; Armada Portuguesa; Força Aérea Portuguesa; Guarda Nacional Republicana.
Comissões: Angola (1963-1975); Guiné; Moçambique.
Entrada ao serviço: 1948.
Data de abate: 1988.
 

DADOS TÉCNICOS
Construtor: FBP (Portugal).
Dimensões: comprimento 0,805 metros.
Peso: vazio 3,080 kg; carregador 0,690 kg.
Dados balisticos: calibre 9 mm; velocidade inicial 360 metros por segundo; cadência de tiro 630 tiros por minuto; alcance 100 metros.
Estriamento: numero/sentido das estrias 6/destrorsum.
Munições/capacidade do carregador: cartucho 9 mmx19/32.
Orgãos de pontaria: ponto de mira secção rectangular; alça de mira circular fixa regulada para 100 a 200 metros. 
Outros equipamentos: punhal-baioneta.

DESENVOLVIMENTO
A FBP é uma pistola-metralhadora projectada no final da década de 1940 por Gonçalves Cardoso, Major de Artilharia do Exército Português, combinando as funcionalidades da MP40 alemã e da M3 americana. O resultado foi uma arma de confiança e com baixos custos de produção.
A arma acabou por ser produzida pela Fábrica de Braço de Prata (FBP) em Lisboa, com cuja sigla foi baptizada.
A arma foi utilizada em combate pelas Forças Armadas Portuguesas durante a Guerra do Ultramar. A sua utilização nesta guerra levou à verificação que a sua capacidade de fazer apenas tiro automático levava a um grande desperdício de munições. Como tal, em 1963 foi introduzida uma versão aperfeiçoada com capacidade acrescida de tiro semiautomático.
 
VERSÕES
Pistola Metralhadora FBP m/1948.
Pistola Metralhadora FBP m/1963.
Pistola Metralhadora FBP m/1976.
 
PERCURSO EM PORTUGAL 
A FBP é desenvolvida no pós-guerra pela Fábrica Militar de Braço de Prata, que lhe dá o nome, numa altura em que o exército apenas dispunha de uma pistola metralhadora moderna em pequena quantidade (a Sten), sendo todas as outras obsoletas. Será entregue a partir de 1948 em primeiro lugar às unidades da metropole, o que permite passar as pistolas metralhadoras dos anos 30 para o Ultramar. Em finais dos anos de 50, a principal pistola metralhadora usada no Ultramar era a Steyer ocupando a FBP, o segundo lugar, com 160 em Angola e 200 em Moçambique.
A FBP será a principal pistola metralhadora nos primeiros tempos das guerras de África, sendo usual entregar uma aos comandantes dos pelotões e às secções de atiradores. Será igualmente usada pelas unidades de defesa das instalações na retaguarda, tanto no Exército, como na Armada e na Força Aérea. A UZI nunca chega a substituir a FBP, pois as duas armas têm funções diferentes, sendo a israelita quase uma alternativa à pistola, preferida enquanto tal pelos oficiais, enquanto que a portuguesa é uma pistola metralhadora de dimensões tradicionais. A FBP será retirada gradualmete da primeira linha pela vulgarização da G3, que passa a equipar toda a secção de atiradores, à excepção do apoio de fogo de uma metralhadora ligeira.
Nesta altura a FBP é relegada para as forças de segurança de instalações ou para unidades de recrutamento local.
Em 1976, é desenvolvido um modelo melhorado do m/1948, que conta com uma manga de refrigeração no cano e é mais preciso e fácil de controlar.
 
MODELISMO
Não há modelo disponível no mercado.
 
FONTES
Ficha de Material do Exército Português n.º 3/ARM.
https://pt.wikipedia.org/wiki/FBP_(pistola-metralhadora).

 


 

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